16 / 05 / 24

Contexto econômico e político brasileiro e os impactos nas empresas são debatidos no 39 CNSE

Acompanhado pela delegação alagoana, o painel teve como palestrantes os jornalistas Luís Artur Nogueira (SP) e Gerson Camarotti (PE)

O cenário político e econômico foi o tema do painel de abertura do segundo dia do 39º Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais (39 CNSE), nesta quinta-feira (16), em Balneário Camboriú. Acompanhado pela delegação alagoana, o debate teve como palestrantes os jornalistas Luís Artur Nogueira (SP) e Gerson Camarotti (PE) e apresentou alguns dos impactos de medidas dos governos federais dos últimos anos, desde a gestão de Michel Temer ao atual mandato do presidente Lula.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Adeildo Sotero, compreender este contexto é importante, uma vez que os resultados acabam repercutindo nas empresas. “Cada governo tem sua maneira de administrar e, algumas medidas têm consequências positivas ou negativas, com seus reflexos afetando o empresariado. Por isso a importância de buscar entender o atual cenário político e econômico do país”, ressaltou.

Debate

Os palestrantes falaram sobre a necessidade da reforma administrativa como meio de contenção de gastos, bem como a importância das reformas tributária e política, defendendo o fim da reeleição, pois deixa-se de fazer o que é preciso porque se pensa em fazer apenas o necessário que os conduzam à reeleição, deixando de lado as medidas amargas necessárias, mas que em médio e longo prazo, terão resultados melhores para o país.

Na análise de Luís Artur Nogueira, 2025 será um ano em que o crédito poderá decolar com melhores oportunidades no comércio exterior. “Ao contrário do Bolsonaro, o Lula tem uma chance de ouro de inserir o Brasil de forma mais forte do mundo. Chance de aumentar o negócio nos Estados Unidos, com a Europa e com a China”, disse. Nogueira ressaltou que, apesar dos problemas que o país enfrenta, o empresário brasileiro investe no Brasil. “Investe porque acredita que o Brasil tem muita oportunidade.  É por isso que desde 1995, quando eu comecei minha carreira como economista e jornalista, eu uso um slogan: o Brasil é maior do que qualquer governo. É por isso que vocês investem no Brasil, por isso que vocês ganham dinheiro no Brasil e é por isso que é o setor privado que faz o Brasil crescer”, enfatizou.

Passando pelas medidas de subsídio econômico durante a pandemia e políticas de crescimento acelerado, o jornalista Gerson Camarotti explicou que investimentos deste porte, principalmente os realizados como forma de projeto político visando a reeleição, aparentam desenvolvimento, mas têm um preço alto. “E o preço disso é a pressão inflacionárias; os juros subiram muito. Quando se investe muito, o bem estar é imediato na população. Mas isso traz essa pressão inflacionária e não se faz o necessário que é mexer nos gastos”, pontuou.

Camarotti falou sobre a necessidade de reconstrução do Rio Grande do Sul, estado que enfrenta emergência humanitária em decorrência das enchentes, “não como gastos, mas como medida de solidariedade”, ressaltou. A responsabilidade de pacificar o país e trabalhar pelo fim da polarização política, que traz reflexos não apenas nos cenários político e econômico, mas também para as relações pessoais e familiares, foi a mensagem final do jornalista Gerson Camarotti, convidando os empresários do comércio a puxarem essa bandeira. “Isso trará um círculo virtuoso positivo para a economia”, concluiu.

A delegação alagoana tem representantes do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac Alagoas e dos sindicatos filiados: o presidente Adeildo Sotero, também do Sindilojas União dos Palmares; o vice-presidente da Fecomércio, Valdomiro Feitosa, e o conselheiro da entidade, José Carlos Medeiros; e os presidentes do Sirecom AL, Manoel Baía; do Sincofarma, Antônio Vieira; Sincadeal, José Vieira; e do Sindilojas Arapiraca, Wilton Malta; os diretores regionais do Sesc e do Senac Alagoas, respectivamente Carlos Pessoa e Felipe Dietschi; Vitório Malta, assessor da direção regional e da presidência do Senac; o superintendente da Fecomércio, Allan Souza, e o assessor jurídico da entidade, Pedro Leão; e a executiva e a tesoureira do Sindilojas Arapiraca, Kledja Soares e Rosa Santos.

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