05 / 07 / 22

Festejos juninos aqueceram a economia e a confiança do empresário do Comércio

Juntamente com o Dia dos Namorados, festas fizeram o indicador subir 6,29%

Célio Júnior/Secom Maceió

Foto: Célio Júnior/Secom Maceió

Ao que tudo indica, os festejos juninos deram um novo ânimo aos empresários do Comércio de Maceió, tanto que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) saltou de 114,4 pontos, em maio, para 121,6 pontos, em junho; um incremento de 6,29%. Os números são da pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Após dois anos sem festejos por conta da pandemia de Covid-19, os shows promovidos em várias partes da capital alagoana movimentaram a economia, como avalia o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL). “Eventos de grande porte mobilizam toda a cadeia, desde os fornecedores de estruturas de som e montagem de palcos, aos empreendedores que vendem bebidas e comidas aos frequentadores dos shows”, observa. E isso sem falar nos empregos temporários gerados no período e na comercialização de comidas típicas, roupas, sapatos e assessórios, itens decorativos e fogos.

Outro fator que também estimulou o consumo em junho, logo na primeira quinzena, foi o Dia dos Namorados. Na época, pesquisa do Instituto estimou que a data movimentaria R$ 33 milhões na capital.

Números

A variação mensal de 6,29% recoloca a confiança do empresariado em patamares vistos no primeiro trimestre de 2022, quando o índice variou entre 128 e 122 pontos. Esse movimento pode indicar a recuperação das expectativas dos empresários do comércio no final do segundo trimestre do ano.

Em termos gerais, todas as grandes subcategorias do indicador tiveram variação positiva, sendo o subíndice de Intenções de Investimento o que mais cresceu na variação mensal, com 8,8%. Isso foi consequência de um subitem de sua composição, o Indicador de Contratação de Funcionários, o qual aumentou 15,3%.

“Sem dúvida, o incremento no subíndice teve relação direta com a diminuição do desemprego no Brasil. É válido ressaltar que, em âmbito nacional, a taxa de desocupação ficou em 9,8% no trimestre encerrado em maio de 2022, segundo dados de IBGE”, explica o economista. Para esse, esse desempenho demonstra o melhor resultado para esse trimestre desde 2015, quando foi de 8,3% em todo o país. Já no cenário local, o índice de desocupação vem seguindo o movimento nacional, chegando, no 1º trimestre de 2022, a 14,2%, quando no 2º trimestre do ano anterior chegou ao patamar de 19,2%.

Ainda de acordo com a pesquisa, o índice Condições Atuais do Empresário do Comércio aumentou 6,7%, assim como os subindicadores que o compõem também cresceram, refletindo a ampla abertura do comércio. Já o crescimento do índice Expectativas dos Empresários do Comércio foi de 4,3%.

05 / 07 / 22