29 / 07 / 20

Para Fecomércio, manutenção de Maceió na Fase Amarela retarda a retomada da economia

Embora tenha considerado importante o avanço no interior, entidade reforça o peso da capital, que responde por cerca de 50% das empresas alagoanas

A prorrogação do decreto que mantém, por mais 15 dias, Maceió na fase amarela do Plano de Distanciamento Social Controlado desacelera a retomada da economia, para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), que tinha a expectativa de um avanço contínuo em todo o Estado. Anunciado pelo governador Renan Filho, em coletiva realizada ontem (28) à noite, o decreto ainda mantém as regiões Metropolitana e Norte na bandeira laranja, enquanto os demais municípios avançam da fase vermelha para a laranja.

“Mesmo sendo importante esse avanço com a reabertura no interior do Estado, não vemos como positiva a manutenção de Maceió na Fase Amarela. Como praticamente 50% das empresas alagoanas estão situadas na capital, manter as restrições atuais acaba atrasando a recuperação da economia. E economia parada se reflete em desemprego”, defende Gilton Lima, presidente da Federação.

Desde o início, a entidade vem se posicionando a favor da reabertura do Comércio integrando, inclusive, o grupo de trabalho formado pelo governo para discutir os protocolos a serem adotados. Com o anúncio de ontem, a Fecomércio acredita que haverá um consequente impacto econômico, já que parte do comércio volta a funcionar no interior, os transportes intermunicipais retornam – ainda que 50% da frota – e, em Maceió, as academias reabrem, mas este impacto ainda não será suficiente para as empresas se reestruturarem.

Considerando que dias antes o governador fez uma postagem pública pedindo a conscientização de todos e levantando a possibilidade de um recuo no protocolo, caso fosse preciso, Lima diz que as empresas se estruturaram para cumprirem as medidas previstas no protocolo, mas além dos comerciantes, os consumidores devem ficar atentos ao cumprimento das regras de distanciamento social. “Todos têm que fazer sua parte. Não adianta a empresa estar toda preparada, seguindo o protocolo, e o consumidor não observar as marcações nas filas e a distância nas mesas, por exemplo”, ressalta.

Para saber mais sobre as normas previstas no Plano de Distanciamento Social Controlado, confira a íntegra aqui.

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