17 / 02 / 17

Imaginação e inovação empresarial

“É preciso inovar”, eis um mantra repetido exaustivamente nos meios empresariais. Evidentemente, em épocas nas quais tudo se transforma com intensa velocidade, a melhor fórmula para encontrar a ruína é manter-se parado. Entre o pensamento e a atitude, ou mais precisamente, entre a imaginação e a inovação há uma distância. Como proceder? Ainda é válido o modelo tradicional de empreendedor que inova segundo seu próprio instinto ou a inovação se tornou uma ciência mais exata, na qual as tendências do mercado podem ser verificadas por programas de computador e especialistas treinados?
Infelizmente a resposta não é clara. Ao observarmos casos de sucesso – e de fracasso – empresariais observamos que há perfis de empreendedores mais instintivos enquanto outros são mais “científicos”, por assim dizer. O fato é que sempre haverá algo de excêntrico na inovação, pois, para ser novo, é preciso escapar do pensamento convencional. A imaginação não se limita ao mundo físico, mas para que se torne efetiva, precisa das técnicas tradicionais: uma boa contabilidade e avaliação de risco, por exemplo. Não devemos esquecer que a imaginação é um animal demasiado alegre, enquanto os números são animais antipáticos.
Caso tenha, use. Um bom conselho para o empreendedor é não desperdiçar nenhum recurso que está a sua volta. As mentes mais férteis podem ser enriquecidas pelas ideias que se encontram no seu entorno. Uma ideia original na cabeça e algum capital no bolso são ótimo começo. Porém serão melhores enriquecidos se o empreendedor puder consultar especialistas que lhe orientem quanto aos impactos jurídicos e fiscais dessa inovação. Além disso, profissionais de comunicação, das tecnologias de informação ou do design podem ter grande valia na divulgação de seu produto. Uma análise técnica é aliada do empreendedor mais instintivo, não adversária. Mas se em algum momento as informações parecerem excessivas, vale parafrasear São Paulo Apóstolo: tudo ouço, retiro o que me convém.

Wilton Malta é presidente da Fecomércio AL

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