05 / 04 / 19

Confiança do empresário do Comércio cresce pelo quinto mês seguido

A confiança do empresário do comércio vai bem em Maceió. Enquanto a Fundação Getúlio Vargas (FGV) assegura que a confiança do empresário brasileiro caiu 2,7 pontos em março, menor nível desde outubro de 2018, os empresários da capital alagoana vão em sentido contrário: o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) cresceu 3%, segundo pesquisa do Instituto Fecomércio AL realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Foi o quinto mês consecutivo de aumento.

Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, o desempenho nacional foi influenciado pela combinação de fatores como a desaceleração econômica interna, a crise argentina, a greve dos caminhoneiros e o aumento das incertezas eleitorais. Embora decorrido alguns meses, seus efeitos ainda podem ser sentidos na economia. “Após as eleições ocorreu uma onda de otimismo. Agora, passada a euforia, há um desapontamento com o ritmo lento da economia, gerando níveis elevados de incerteza econômica”, avalia.

Já em Maceió os empresários vão na contramão das incertezas. Os lucros de 2018 das grandes empresas, o crescimento estagnado (0,4%) do Comércio em Alagoas, a expectativa da Reforma da Previdência (para reduzir custos empresarias e diminuir a longo prazo a necessidade de aumento de impostos) e a espera de um pacote econômico do Governo Federal são pontos que, para o economista, ainda parecem surtir efeito sobre os empresários da cidade.

 

PESQUISA

No geral, o levantamento de dados aponta crescimento de 3% da confiança do empresário do Comércio entre fevereiro e março. O indicador foi puxado pela melhora atual destes empresários, demonstrando que o mês de fevereiro e o início de março foram bons em termos de faturamento e vendas. Além disso, como o carnaval deste ano foi em março, acabou elevando as oportunidades de negócios por conta do turismo na região.

Já as expectativas com a economia e o Comércio a médio prazo apresentaram estagnação em março, crescendo apenas 0,3%. “Essa situação sinaliza que a capacidade do Governo Federal em criar cenários de crescimento esteja perdendo força”, analisa Felippe. Mesmo assim, os investimentos se elevaram em 1,4% em março, com consequente crescimento de 0,8% na contratação de funcionários e de 2,2% nos investimentos das empresas.

 

Relatório completo aqui.

05 / 04 / 19

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