12 / 09 / 18

Incertezas econômicas e corrida eleitoral afetam a confiança do empresário

Indicador caiu 3,08% em comparação a julho, sendo a quinta queda consecutiva

O recuo no consumo, já apontado em levantamentos anteriores, acabou afetando o ânimo dos empresários e, em agosto, a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com o Instituto Fecomércio Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas, indica que a confiança do empresário caiu 3,08% em comparação a julho, sendo a quinta queda consecutiva. Em comparação a 2017, no mesmo período, o indicador está 4,8% superior.

“Quando comparamos as motivações entre agosto de 2017 e o de 2018, percebemos que o empresário está 10% mais confiante com as condições atuais do comércio este ano. Isso demonstra que o consumo e as receitas do setor estão realmente melhores do que no ano passado”, avalia o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha. “Contudo, a expectativa dos empresários entre agosto de 2017 e o mesmo mês em 2018 está 0,5% pior”, complementa.

Essa piora na expectativa é resultado de fatores como a corrida eleitoral e a insatisfação com a economia, que está há cinco trimestres consecutivos crescendo apenas 0,1%, sinalizando uma estagnação. Assim, a esperança de um 2018 melhor ainda não se concretizou na mente dos empresários do Comércio de Maceió.

Já em termos de investimentos, contratações e nível de estoque, os empresários estão em uma posição 8,8% superior frente a agosto de 2017. “É um fato positivo, pois demonstra que mesmo não tão confiante com os caminhos da economia brasileira, os empresários buscam sair da estagnação investindo, contratando e comprando insumos e matéria-prima para produzir”, observa Felippe.

A pesquisa foi realizada nos últimos 10 dias de julho com a coleta de informações e dados sobre a confiança dos empresários do setor de Comércio e Serviços da capital alagoana. Foram entrevistados 189 empresários.

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