Pelo segundo mês consecutivo, cresce o endividamento na capital

O Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) na capital alagoana cresceu 4,3% em março em relação a fevereiro, registrando elevação pelo segundo mês consecutivo. Os dados são da pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC) em parceria com o Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (IFEPD).
Em março, o endividamento do consumidor da capital alcançou 68,9%. Em fevereiro, o mesmo indicador registrou um total de 64,6%. A recente elevação aponta para uma tendência de crescimento do IEC.
Quando comparado o percentual de março deste ano com o de março de 2013, o endividamento é aproximadamente 7% menor que o registrado naquele período, quando o percentual foi de 76,1%. Isso significa que, na média, o IEC em 2014 ainda não alcançou os mesmo níveis do ano passado (74% em 2013 contra 61,1% em 2014)
Paralelamente à evolução do endividamento em março, houve queda no percentual de consumidores com dívidas atrasadas. Em fevereiro, ele tinha alcançado 23,1%, mas voltou aos mesmos patamares de janeiro, ficando em 20,4% em março. Isso representou um decréscimo de 11,7%.
Comparando com o mesmo mês do ano passado, a taxa de consumidores com dívidas atrasadas é menor em 25,8% (27,5% contra 20,4%). Na média, em 2014 essa taxa se encontra em 21,3%, contra 29,2% verificado em todo o ano de 2013.
A inadimplência dos consumidores voltou a se elevar pelo segundo mês consecutivo e passou de 4,3%, em fevereiro, para 6,3%, em março; um crescimento considerável de 46,5%. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, o resultado de março é inferior em 24,1%. Na média, em 2014 a taxa de inadimplência fica em 5,2%, enquanto n ano passado registrou 7,8%.
Na análise do Instituto Fecomércio, apesar do nível de endividamento ter crescido, isto não pode ser considerado preocupante ainda, uma vez que decorre do fato de os consumidores ainda estarem com seus orçamentos comprometidos com os gastos de início de ano. Além disso, todos os indicadores estão em melhor situação que no ano passado, mesmo considerando mudanças importantes mais recentes como, por exemplo, a elevação das taxas de juros. Neste cenário, a situação pode ser considerada sob controle, ainda que tenha ocorrido a elevação na taxa de inadimplência no mês de março.

Tipos de dívidas

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores de Maceió (91,2%), seguido dos carnês de lojas (16,1%), financiamento de veículo (2,2%) e financiamento de casa (1,6%). As famílias que ganham mais 10 salários mínimos (s.m.) foram as que mais utilizaram e se endividaram com cartões de crédito (100%). As dívidas com financiamento de carros são mais adquiridas pelas famílias que ganham mais de 10 s.m. (30,8%).
Considerando o limite prudencial de 30% da renda que deve estar comprometida com dívidas, a família da capital conseguiu ficar um pouco acima (31,8%). As famílias que mais comprometem renda com pagamento de dívidas e encargos são a que ganham até 10 s.m ficaram (31,4%). Confira a pesquisa completa no site https://www.fecomercio-al.com.br/ifepd/ .