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F-commerce: explore o potencial para o comércio por meio do Facebook

No comércio tradicional, as lojas estão em constante expansão e na internet, este cenário não é diferente. Vendas online estão em alta pela praticidade e pela crescente segurança das compras com cartão de crédito ou boleto bancário. Uma nova tendência deste mercado é a venda mediante as redes sociais, também conhecida como F-commerce, uma variação da expressão inglesa E-commerce que significa o comércio realizado no Facebook.

Para a artesã e dona de casa Juracy de Oliveira, a sua loja de artesanato Jurart’s é de onde vem toda a sua renda. Inicialmente, a venda dos produtos era feita na feirinha do Tabuleiro, mas o volume de vendas era baixo. Depois de ser o objeto de estudo para um Plano de Marketing de uma disciplina curricular da filha, foi criado o nome, a logomarca e, por fim, a página para promover e vender os produtos de forma mais ampla e fácil. “Em média, recebo cinco pedidos por semana, todos por meio do Facebook”, explicou a empreendedora. Como ainda se trata de uma loja em crescimento, os pagamentos são feitos apenas em dinheiro ou parcelados em duas vezes se a encomenda for grande.

Outro ramo bem comum no F-commerce é o alimentício. Inúmeros restaurantes e lanchonetes se promovem na rede. No caso do restaurante de cozinha oriental Temaki Express, a fan page é seu único ponto de vendas. A ideia inicial foi criar um estabelecimento que oferecesse apenas o Delivery (entrega em domicílio), e devido aos nomes complicados dos pratos orientais, mediante o uso do Facebook é mais fácil visualizar o que realmente se deseja. “A maior parte dos pedidos é feita pelo Facebook e a melhor forma de atender os clientes é por meio dele porque evita mal entendidos”, explicou a sócia do restaurante Priscila Acioly. O restaurante também disponibiliza telefones para o atendimento aos clientes, mas apenas 20% dos pedidos é via esse meio.

Para atender bem à demanda, a cozinha está localizada em um ponto estratégico da cidade, otimizando o tempo da entrega. Além disso, como o delivery é uma forma de mais praticidade na hora da compra, a máquina de cartão de crédito e débito vai até o cliente, se necessário, a fim de dar ainda mais comodidade. Segundo Priscila, a leitora de cartão e a página juntas são essenciais para o bom andamento do restaurante. “A página nos dá o alcance dos clientes e a máquina faz com que eles sempre tenham uma forma de pagar, já que ele é bem mais fácil que o dinheiro em espécie”, explica.

Alcance

Neste ano de 2013, o vice-presidente do Facebook na América Latina, Alexandre Hohagen, anunciou que o número de usuários no Brasil passou de 12 milhões, em 2011, para os atuais 67 milhões; uma alta de 458% no período. Este crescimento indica um mercado potencial para as empresas que, se conhecerem bem o perfil de seus consumidores, podem estreitar melhor a relação e atender positivamente às expectativas que surgem após as curtidas.

Há pouco mais de um ano, a empresa de mídia e comunicação digital Hi-Mídia, em parceria com a M.Sense – Pesquisa e Inteligência de Mercado, realizou um estudo no qual avaliou o potencial do comércio eletrônico dentro do Facebook. Como resultado, os pesquisadores concluíram que, em média, os usuários curtem sete marcas. Para eles, curtir uma marca representa gostar ou ter afinidade (29%), ser usuário ou consumidor frequente (23%) ou querer receber informações e promoções (23%).

Do universo dos entrevistados, 87% consideram que pior do que ter problema com a marca é entrar em contato com ela pelas redes sociais e não obter resposta e 65% consideram que o que torna uma marca útil nas redes sociais é a publicação de informações relevantes para seu público. Em segundo lugar, são as constantes promoções (61%). Sobre o motivo pelo qual deixariam de curtir a marca, 56% disseram que fariam isso caso tivessem uma experiência ruim com a empresa ou com seus produtos.

No tocante às expectativas dos consumidores após curtir a marca no Facebook, as respostas são variadas: ter acesso a conteúdos, eventos e ofertas exclusivas (79%); receber descontos e promoções (79%), receber novidades sobre a marca (69%), poder compartilhar com amigos as notícias da marca (39%); ter diálogo com a marca (23%); ter o nome da marca no perfil (12%). Apenas 2% dos entrevistados afirmaram não esperar nada.

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