19 / 09 / 13

Inadimplência do consumidor da capital continua estável em setembro

O consumidor da capital está mais endividado neste mês de setembro, mas a inadimplência manteve-se estável em relação a agosto. É o que revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (IFEPD).

De acordo com o levantamento, o nível de consumidores endividados aumentou em relação a agosto, saindo de 79,5% para 81,2%. Por sua vez, o percentual de consumidores com dívidas atrasadas diminuiu de 31,3% para 26,9%. Esse resultado contribuiu para que a taxa de inadimplência não se alterasse no mês de setembro, repetindo o mesmo percentual de agosto, 7%.

Segundo análise do Instituto de Pesquisa Fecomércio, este cenário continua sendo favorável porque, mesmo com o nível de endividamento elevado, demonstra que o consumidor alagoano está honrando seus compromissos financeiros. Se esses dados se repetirem no mês de outubro, provavelmente o comércio ingressará no período de compras de final de ano mais confiante no consumidor.

Limite

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores da capital alagoana (84,7%), seguido dos carnês de lojas (12,7%), crédito pessoal (10%), financiamento de veículo (4,6%), financiamento de casa (4,1%) e crédito consignado (2,7%).

As dívidas com cartões de crédito tendem a aumentar entre aquelas famílias onde a renda ultrapassa os 10 salários mínimos. Essa parcela de consumidor também é a que possui mais dívidas com financiamento de veículos (19%). Já o crédito consignado é largamente usado entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos. Em geral, essas famílias são as mais endividadas, com 44,1% comprometendo mais da metade da renda familiar.

Considerando que um orçamento ‘saudável’ deve comprometer no máximo 30% de seu total para pagamento de dívidas, os maceioenses ultrapassam esse limite, comprometendo em média 43,9% do orçamento.

Para o Instituto Fecomércio, os níveis elevados podem comprometer a capacidade de quitação das dívidas das famílias e, com isso, diminuir o potencial de compras caso os efeitos do aumento dos custos financeiros das dívidas passem a pesar ainda mais no orçamento doméstico por causa da tendência de alta dos juros no País.

A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/

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