12 / 07 / 13

Nível de endividamento do consumidor segue estável pelo 3º mês consecutivo

Com percentual de consumidores com dívidas de 68% na capital alagoana, o nível de endividamento do consumidor continua estável pelo terceiro mês consecutivo. Por sua vez, a taxa de inadimplência se elevou substancialmente: em junho tinha ficado em 4,8% e já era considerada alta; em julho, subiu para 8,9% – o pior resultado nos últimos 12 meses. Os dados são da pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).
Segundo pesquisa, 40,1% dos consumidores endividados afirmaram que estão em dia com suas dívidas, enquanto 28,7% deixaram de pagar suas contas na data do vencimento. Esses resultados são melhores que os alcançados no mês de junho, 34,2% e 34,3%, respectivamente.
O comprometimento da renda familiar (CRF) dos consumidores com pagamentos de dívidas continua a ficar acima do limite considerado prudente para endividamento. Houve aumento de 2,5 pontos percentuais em relação ao mês de junho, ficando em 42,5%. A surpresa mesmo fica por conta do resultado da taxa de inadimplência, que subiu 4 pontos, significando um aumento expressivo 85,4%, chegando a 8,9% em julho.
Análise
De acordo com a avaliação do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), apesar do resultado favorável em quase todos os indicadores, o aumento da taxa de inadimplência precisa de mais observação. Caso ele se repita na próxima pesquisa, significa que os consumidores da capital alagoana estão com dificuldades de honrar com seus compromissos financeiros, o que pode ser um indicador das consequências da evolução dos juros no país com intuito de controlar a inflação.
Os cartões de crédito lideram mais uma vez o ranking como a forma mais utilizada para realizar compras, adquirindo assim novas dívidas (60,4%). Por sua vez, o cheque pré-datado é a modalidade menos usada pelos consumidores no ato das compras (4,0%).
Os tipos de despesas que mais pesaram nas dívidas dos consumidores em maio foram: educação (28,2%), outros produtos e serviços (28,1%), alimentação (26,1%), vestuário (16%), aluguel residencial (14,2%), tratamento de saúde (10,5%), reforma residencial (6,7%), seguros (6,2%), eletroeletrônicos (5,2%), eletrodomésticos (3,3%), e móveis residenciais (3,3%).
Segundo a pesquisa, o desequilíbrio financeiro continua sendo a maior causa do descontrole financeiro e, com isso, a elevação das dívidas do consumidor. O adiamento nos pagamento para o uso dos recursos com outras finalidades aumentou de participação, motivando 23,4% do endividamento do consumidor de Maceió.

12 / 07 / 13