10 / 05 / 13

Melhoram os indicadores de endividamento do consumidor de Maceió

Pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), aponta que a taxa de inadimplência do consumidor da capital caiu em maio e alcançou o percentual de 4%. Em abril, o índice ficou em 5,3%.
É o segundo mês consecutivo no qual se registra recuo, um fato positivo principalmente se considerar que em março o percentual tinha chegado a 7,9%; o maior em 12 meses. O resultado do nível de endividamento do consumidor de Maceió também caiu para 68,1%, contra 75,6% registrado no mês passado (índice considerado o pior resultado em 12 meses). Do percentual dos consumidores endividados constatado na pesquisa, 36,5% afirmaram que estão em dia com suas dívidas, enquanto 31,6% deixaram de pagar suas contas na data do vencimento.
Quanto ao comprometimento da renda familiar (CRF) dos consumidores com pagamentos de dívidas, a pesquisa demonstra que houve melhora no índice, saindo de 46,1%, em abril, para 39,2% este mês. Pela primeira vez desde outubro do ano passado, o CRF ficou abaixo dos 40%. Apesar desse resultado positivo, o nível continua alto para os padrões considerados seguros (30%).
Segundo análise do Instituto Fecomércio/AL, os resultados de maio foram mais positivos do que os de abril, pois dos quatro indicadores de endividamento constatados pela pesquisa, três melhoraram. Isto significa que o consumidor da capital alagoana está mais consciente em relação ao gerenciamento de seu orçamento. Outro fator que influencia este desempenho é a questão temporal: passado o primeiro trimestre do ano, os consumidores não sofrem mais efeitos do endividamento do período natalino e suas influências.
Neste cenário, faltando pouco para o Dia das Mães – segunda melhor data para o comércio – as vendas parecem ser promissoras porque o consumidor da capital está numa situação econômica mais confortável do ponto de vista de suas dívidas. Ainda segundo a pesquisa, o desequilíbrio financeiro como causa para elevação dos níveis de endividamento diminui sua participação de 76,4%, em abril, para 54,1%, em maio. O adiamento nos pagamento para o uso dos recursos com outras finalidades aumentou a participação, motivando 23,1% do endividamento do consumidor de Maceió.
Outro dado importante revelado pela pesquisa é a queda pelo terceiro mês consecutivo do uso como forma de comprar a prazo. Em abril, 62,5% das compras eram com cartões, passando para 54,2% em maio. O uso de modalidades de financiamento também recuou de 32,7% para 31,2%, no mesmo período. Movimento semelhante ocorreu com todas as outras modalidades de compras a prazo como empréstimos pessoal (17,1% contra 11,5%), cheque especial (8,4% contra 4,9%), cheques pré-datados 8,1% contra 6,1%) e carnês de lojas (7% contra 6,2%). Para o IFEPD, provavelmente os consumidores estão preferindo pagar suas compras à vista, dado a diminuição no uso de todas essas modalidades de pagamento a prazo.
Os tipos de despesas que mais pesaram nas dívidas dos consumidores em maio foram: outros produtos e serviços (32,8%), alimentação (27,9%), educação (27,7%), vestuário (19,9%), tratamento de saúde (14,8%), aluguel residencial (12,7%), seguros (9,8%), reforma residencial (6,7%), eletrodomésticos (3,7%), eletroeletrônicos (3,7%) e móveis residenciais (3,5%).

10 / 05 / 13