Demanda do consumidor por crédito cresce 14% em maio, diz Serasa
A busca dos consumidores brasileiros por crédito cresceu 14% em maio, depois de ter apresentado queda de 11,2% em abril, de acordo com a Serasa Experian.
Na comparação com maio do ano passado, contudo, a demanda ainda apresentou queda de 7,5%. Mas foi um recuo menor que o de 9,8% registrado em abril, neste mesmo critério de comparação. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a busca por crédito diminuiu 7,6% frente o mesmo período de 2011.
Na avaliação da Serasa, o Dia das Mães, a redução do IPI no setor automotivo e os anúncios de reduções das taxas de juros dos empréstimos pela rede bancária motivaram o consumidor a buscar recursos no mês passado.
Apesar da reação, no entanto, o elevado nível de inadimplência e de endividamento ainda mantêm a demanda por crédito em patamar inferior ao registrado ao longo do primeiro semestre de 2011, ponderou a empresa em relatório divulgado nesta terça-feira.
POR RENDA
Os consumidores que ganham até R$ 500 por mês e os que apuram entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais foram os que mais expandiram as suas demandas por recursos em maio. As altas foram de 16,3% e de 15% em relação a abril, respectivamente.
Já a busca entre quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 10.000 aumentou 11,7%. Entre quem tem renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000, cresceu 13,2%.
No acumulado do ano, entre janeiro e maio, apenas os consumidores de baixa renda, que ganham até R$ 500 por mês, registraram crescimento em termos de demanda de crédito (alta de 1,9% frente aos primeiros cinco meses de 2011). Todas as outras faixas de renda diminuíram suas demandas por crédito no acumulado de janeiro a maio de 2012, variando entre queda de 7,3% (renda mensal superior a R$ 10.000 mensais) a redução de 8,9% (consumidores que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 por mês).
As regiões mais desenvolvidas do país –Sul e Sudeste– foram as que tiveram maior crescimento na demanda dos seus consumidores por crédito no mês de maio ante abril, com 16,3% e 15%, respectivamente. Mas no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, são as que exibem os maiores recuos: de 8,7% no Sudeste e de 9,2% no Sul.
A busca por recursos também cresceu nas regiões Norte (11,0%), Nordeste (12,3%) e Centro-Oeste (9,4%) em maio ante abril, mas no acumulado do ano houve queda de 1,3%, 5,2% e 5,3%, respectivamente.